terça-feira, 16 de novembro de 2010

Parkour além do modismo

Outro dia pensando comigo mesmo enquanto olhava meus braços, agora fracotes, com quase um ano sem treinar, pensei em como o modismo tem diminuindo entre os praticantes de parkour aqui de Brasília.
Eu treinei com muitos dos que são bons atualmente, e eu me sentia feliz, mas hoje em dia eu me sinto triste por não poder treinar mais, principalmente vendo que, quem treina hoje em dia treina por que gosta de parkour e não porque é uma moda que todo mundo está pulando de todos os cantos a todos os momentos.
Vejo vários blogs e sites falando sobre os vários “segmentos atuais” do parkour. Gente falando sobre um “parkour puro”, aquele que apenas é usado para transpor um obstáculo (era o que eu praticava), um “parkour firula”, repleto de giros e coisas impressionistas, entre outros tipos de “segmentos” ou visões. Mas eu me pergunto, será que esses segmentos estão funcionando? Deixando o parkour mais serio acabando com o modismo? Ou apenas dificultando o entendimento de o que realmente é o parkour, fazendo com que os “modinhas” desistam de entender?
Eu acho que a galera que começa a treinar nos dias de hoje já pega todas as técnicas aperfeiçoadas, sem ter o trabalho de pensar em “criar”, apenas aprendem e reproduzem o que, na minha época, era feito na “tentativa e erro”. “Olha esse vídeo novo do pessoal da gringa! Vamos fazer igual?”. E dai saiamos machucados, com as costas doendo, os braços ralados... Em fim, literalmente nos ferramos para aprender uma coisa nova, o que era um grande princípio de “modismo”. Mas com o tempo o povo foi aprendendo, foi ficando mais velho, mais responsável, ate que hoje os machucados deram um lugar considerável para uma evolução rápida e segura para o iniciante, que as vezes não tem o trabalho de realmente vivenciar a descoberta que o parkour nos proporcionou.
Devemos continuar assim, sempre aprendendo, lendo, acertando e errando sem medo! Afinal, onde esta a graça do parkour se não em desafiar nossos próprios medos?
Bons treinos!

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